September 25, 2015

amanhã é outro dia

Estas vozes que aparecem sei lá eu de onde, querendo sei lá eu o quê.
Quando chegam é de rompante e quando dou por mim, lá se foi o meu equilíbrio mental e físico.
O chão ganha poças de ar e fica tudo turvo há minha volta. Bem tento respirar fundo, bem tento. Mas é como se estivesse tudo entupido, o ar não passa, não circula, não bate no fundo. Sinto-me estranhamente agoniada e dominada sei lá eu pelo quê. Isto acontece tantas vezes desde o sucedido. Os médicos chamam-lhe ataques de pânico e perdas momentâneas de consciência. Eu chamo-lhe desespero. Sorte a minha que chamo o grande lá de cima com todas as minhas forças e peço-lhe que guie a minha vida, que tome conta dos meus dias, que me faça sua protegida. E seja lá qual for a razão ou o como isso acontece, sempre que o faço, o ar volta a circular e aos poucos a calmaria chega. E ali estou eu, no chão, num estado lastimável a lutar para que amanhã seja outro dia.

August 04, 2015

LOVE IS ..


ele e ela, capitulo 723764

O problema é que ela não consegue sentir com ninguém o que sentiu com ele.
Nada, nem coisa parecida. É do seu conhecimento que a historia deles aconteceu no tempo errado, ela sabe, ela sente-o na pele todos os dias.
Mas continua a pensar se ele sentirá a falta dela como ela a dele. Se ainda pensa nela, seja porque motivo for, até pelo mais ridículo, do tipo, 'fodace ela gosta de gatos, ia adorar este bebe' -merdas do género- merdas essas que quanto a ela, sobre ele dizem-lhe muito.
Sei que continua há espera dele em segredo, sei também que é escusado. Ele já viveram a historia deles, já foi encerrada -será?- já ficou no passado.
E por muito que no seu intimo ela fique há espera, nunca vais ser como antes. Eles nunca lidaram bem com o passado, a confiança vivia a fazer malabarismo entre aqueles dois. Como uma bomba prestes a rebentar! E rebentava, sempre que aparecia uma das 'amigas' com mensagens do género 'adorei estar contigo, vou tomar banhinho'. -OI? Banhinho? Estar contigo? Explicação pff!- E ele desculpava-se a fazê-la sentir que ela era o problema, que ela discutia sem razão, ela, ela ela. Até que ela sentia que estava a enlouquecer e era ela quem pedia desculpa pelos erros que ele cometia.
Eu não sei ao certo o que lhes aconteceu com o passar dos anos, entre as subidas dele pela rua com peluches gigantes e flores na mão, e as descidas dela a bater a porta do carro daquele idiota, a chorar.
A única certeza que tenho é que ela continua a procurar lembranças nos cantos escondidos da sua tão esburacada memoria. Que continua a querer muito, mas certamente, não o quer de volta.


May 26, 2015

morning'

           existem manhãs em que AMOR é a palavra de ordem, cá em casa todas as manhãs são assim.